quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Discurso, discurso...

Boa noite senhores professores, diretores, alunos, pais e os demais aqui presentes, sejam bem vindos, não apenas ao evento, mas a um pedaço da nossa história. Sinto-me lisonjeada, emocionada e agradeço aos meus colegas, que me confiaram esta tarefa, de hoje representar os formandos do Colégio Estadual Leôncio Correia. E também aqueles colegas que por algum motivo não estão presentes, ou os que por dificuldades maiores se formarão em outro momento, mas que estiveram presentes em nossa jornada.

O dia de hoje não é marcado apenas por um ano, mas por todos os que passamos para chegar até aqui. Portanto fazem parte desta conquista todos aqueles que estiveram ao nosso lado em momentos oportunos, nos apoiando desde a nossa infância até aqui. Os amigos, os colegas, mas também os pais, professores, equipe pedagógica, inspetoras, zeladoras, e todos os outros funcionários do colégio que fazem da educação sua vida.

Quando fui incumbida dessa tarefa, julguei-a longa e difícil. Já que cada turma é marcada por seus hábitos, manias, qualidades. Mas vejo que não só na minha, mas que em todas as outras turmas existem diferenças, grupos distintos de amizade. E mesmo assim união.

O 3A1, por exemplo, é a turma definida pela diversidade entre grupos e estilos. Os largados sempre fazendo piadas, a turma da Luluzinha que não se mistura, mas sempre questiona. Os loucos, os excluídos, os das relações públicas... E assim afirmam: diversos tipos, diversas cores e amores.

Já o 3B1, prefere salientar que apesar de serem poucos são sempre lembrados pelos professores, e mesmo não sendo melhores amigos sempre ajudam um ao outro. E que com certeza esse foi o inicio de grandes amizades. “O caminho foi difícil, mas chegaram até aqui’.

Para o 3A2 o primeiro contato talvez não deixou as melhores impressões entre eles, no entanto, cresceram unidos a sua madeira, e construíram juntos uma história que dificilmente será esquecida.

O3B2, não poço deixar de mencionar que é a minha turma, também tem suas panelinhas. No começo do ano era muito dividido, mas com a convivência, a turma se uniu: tanto para os trabalhos, como para as festinhas. Claro que a turma precisará de um tratamento psicológico devido ao comportamento de certos alunos... Mas nunca nos esqueceremos de nossas experiências. E que vencer não é sinônimo de ser melhor, mas de que somos capazes. E o dia de hoje é a prova disso.

Todos os anos quando nos despedimos no ultimo dia de aula, sabemos que haverá o primeiro dia de aula no próximo ano e veremos os nossos colegas, e tudo recomeça. Hoje sabemos que não haverá outro primeiro dia de aula no colégio. Iniciaremos agora, a faculdade, ou cursos, iremos trabalhar. Devemos lembrar que a sociedade espera algo de nós, e que devemos cumprir com os ensinamentos recebidos em nossa formação. Não só as regras gramaticais, as fórmulas, as teorias, mas também os bons princípios, a honestidade, a humildade, bondade.

Agora estamos de volta ao começo, há um mundo imenso para conquistarmos. Podemos ser tudo o que planejamos desde que plantemos as sementes do que queremos colher.

É imprescindível agradecer a vocês que agora me ouviram. Agradecer também aos educadores e todos os membros do colégio por aturar nós alunos, e entre as dúvidas e piadas nos contemplar com suas frases sábias e bom humor. Agradecer aos colegas, amigos, namorados, por compartilhar conosco os momentos bons e ruins de toda essa caminhada. Agradecer à família, que esteve do nosso lado, nos incentivou e não nos deixou desistir em nenhum momento. Torna-se mister lembrar daqueles que já se foram, e agradecer apenas por terem existido. Não sei se todos vocês acreditam no mesmo Deus que eu, mas agradeço a ele por estarmos aqui, e a forma que chegamos até aqui. E ainda cito a que para mim é a mais brilhante passagem da bíblia. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria”.

Obrigada!

domingo, 12 de setembro de 2010

Estou esperando

Ela está vindo... Ela sempre vem, e nunca me engana. Agora a pouco ainda havia sorrido para mim. Um sorriso bem discreto e tímido, eu confesso. É sempre a mesma coisa, ela quer vir, mas esta sempre enovelando. Pode parecer estranho, mas eu gosto disso, dá aquele gostinho de quero mais... Quero sempre!

Quando ela vem, todo mundo ri, todo mundo fica mais livre. É verdade, desde a minha infância, aquela que todo mundo lembra suspirando... Muito melhor quando ela está conosco. Tudo bem é passageira, mas ela sempre traz um companheiro, e sem menosprezar ela... Ah como eu o amo! Às vezes irrita, mas ele é tão desencanado, deixa a gente fazer o que quer.

Eu não sei ao certo o dia da chegada, mas estou ansiosa... Eu gosto da cidade colorida, perfumada... Ah e como são belas as árvores, parecem estar com vestimentas de gala. Um luxo! E depois que ela se for outra vez, ele virá, charmoso e despojado. Mas ele também se vai, claro ele voltará... Enquanto isso, por favor, senhor inverno, acabe logo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Volte para o seu lar

Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação nos dias que tem comida, comemos comida com a mão. E quando a polícia, a doença, a distância, ou alguma discussão nos separam de um irmão, sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração. Mas não choramos à toa, não choramos à toa. Aqui nessa tribo Ninguém quer a sua catequização falamos a sua língua, mas não entendemos o seu sermão nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão, mas não sorrimos à toa não sorrimos à toa. Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação, não temos perspectivas, mas o vento nos dá a direção. A vida que vai à deriva é a nossa condução, mas não seguimos à toa. Não seguimos à toa. Volte para o seu lar, volte para lá, volte para o seu lar, volte para lá.

Marisa Monte

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

­*


Perder pessoas que amamos não é fácil, todo mundo sabe disso, claro. Mas é muito ruim quando essas pessoas são do teu convívio, quando elas estão presentes em praticamente tudo que você faz. Quando você acorda e vai tomar café da manhã com aquela pessoa; espera ela chegar das viagens; ou quando ela é o sei passeio de fim de semana. Não há perda mais que essa. É tão bom sentir saudade de alguém, quando sabemos que as veremos em algum tempo... Mas é difícil saber que sua saudade será eterna, e que aquele abraço, você não mais terá. Falar disso é melancólico, mas faz parte da vida, e se há algo difícil, algo ruim que já passei, esses momentos foram o de ver pessoas assim partirem. Sei que aprendi muito com isso, muito mesmo; sei também que se existe o céu, é lá que vocês estão, e se isso é verdade, estão muito melhor que aqui. Eu não queria. Por mim todos estavam aqui, mas o mundo não gira em torno de mim, e as coisas acontecem conforme sua hora, e a nossa necessidade de aprender e lutar. Tanta coisa boa eu vivi e aprendi com vocês, tanta coisa boa queria mostrá-los, o que sou hoje, o que quero ser amanhã, tudo. Eu sei, que enquanto estavam aqui eu fiz o que pude. Amarei vocês sempre, não importa quanto tempo passe.

Sobre tudo isso, para quem fica “... É PRECISO AMAR, AS PESSOAS COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ...” não é hipocrisia, é o que eu acredito. Não sinta rancor não deixe quem você ama ficar longe sem saber o quanto você as ama. Isso é muito importante para quem vai e para quem fica.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Revolta!

É incrível quando alguém canta músicas bonitas e sinceras, canta o que acontece no mundo, mas não conhece o que fala. As palavras têm um poder incrível de persuasão, pena que alguns usam as dos outros para se fazer melhor. É lindo cantar o amor, a sinceridade, o bem, cantar o que acontece no mundo, ou em sua vida. Lamentável aquele que contraria todos os princípios morais destes, e mesmo assim os repete. Seria muito mais produtivo trocar esse tipo de gente por papagaios, assim continuariam repetindo tudo, mesmo sem saber o que e teriam alguma utilidade.

A capacidade de dissimulação é admirável. Para o teatro. Atuar na “vida real” não é bonito. Não sei se rio ou se choro de capivara que quer ser onça pintada, mas a melhor opção é ser indiferente, pois mesmo ela tentando não ser, um dia será caçada por sua predadora. Quem vive alienado ao mundo, achando que os outros são idiotas sempre será o idiota no fim. Não conhece a realidade e mesmo assim canta rap de cima do prédio, se coloca na dor dos outros sem ao menos conhecer ou saber onde vivem. Aponta todos os defeitos possíveis de quem o cerca, mas nunca se olhou no espelho. Compra tênis novo, joga dinheiro fora, diz que é contra preconceito, mas esqueceu que riu da menina ao seu lado porque ela não usufrui da mesma moda que você. Quer ser da rua na hora da diversão, mas na hora do aperto ta no colo da mãe.

Não conquiste mil amigos pela sua embalagem, não queira sofrer enquanto pode ter paz. Não pregue a paz pra quem precisa lutar. Só quem sabe o que é perder deveria chorar a perda. Bater nessa tecla chega ser chato, mas é deprimente ver as coisas acontecerem assim. Ver quem pode ajudar se colocar no lugar de quem precisa de ajuda. Gostaria de citar muitos nomes, para tentar fazê-los pensar, mas não cabe a mim. Consciência cada um tem a sua, as que pesam um dia vão cair.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ficção

Quando crescer quero realizar todos os meus sonhos, minhas vontades mais bobas e secretas. Quero me levar para conhecer o mundo, para conhecer o cheiro de liberdade. Ser feliz sem nenhum compromisso, nem hora para voltar. Ir à praia para deitar na areia e ver a metamorfose das nuvens; a um parque ver a grama crescer.

Quero ter muitos amigos para fazer coisas de gente grande. Pegar meu carro sair sem rumo, conhecer lugares bonitos. Quero me encher de cultura, conhecer todas as línguas, vestir todas as roupas, provar todas as comidas, experimentar todo tipo de ar que existe; abrir todas as portas. Ser inteligente, simpática, bonita. Ter quem eu gosto do meu lado. Anseio um mundo maior, onde caiba a novela dos meus sonhos, com todas suas peculiaridades.

Meu maior medo é acordar sem ter feito nada disso, sem ter as minhas paixões, meus amores junto comigo. Desistir de tudo, abandonar minhas vontades, desistir de seu eu. Fazer tudo na pressa. Não ter tempo para as boas lembranças dos sonhos realizados.

Meu maior sonho é acordar, fazer tudo isso antes de crescer, para quando acontecer me lembrar de tudo que fiz. Pois sei que essas não mais serão minhas vontades. Esse não mais será o meu mundo. O amanhã é tão abstrato, não sei quais pedras cairão em meu caminho. Preciso parar de procrastinar até com meus sonhos. Preciso torná-los realidade, antes que as minhas lembranças sejam de sonhos não realizados.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

13

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

Não importa no que você crê isso é a mais pura verdade!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O valor das coisas

Todo dia faço a mesma coisa, acordo as 6:30, vou para o colégio, almoço no centro, vou para o outro colégio, volto pra casa. E é sempre assim, automático há coisas no caminho que às vezes me pergunto “isso sempre esteve aqui?”. Não sei se é meu jeito de ser distraída, um pouco fechada, ou por simples rotina eu não costumo observar o que está a minha volta, uma grande pena, pois há tanto para ver por aí.

Até que um dia isso foi diferente, por um instante olhei um pouco pra esquerda e vi uma família, mãe e duas crianças. Estas pareciam moradoras de rua, julgo pelas condições em que se encontravam. Eu nunca vi algo parecido, e realmente aquilo me tocou. Elas andavam devagar e as crianças olhavam algo que a mãe segurava, era algo vermelho não conseguia identificar, quando vi era uma caixinha de batata frita - de fast food – e confesso que a primeira vista parecia uma coisa muito fútil (gastar com batatas fritas?). Mas comecei a andar lentamente porque queria ver aquilo. E as crianças, ah como elas olhavam fixamente aquilo, como se vislumbrassem, alguma super preciosidade (o que para elas não deixava de ser), não sei contar como elas olhavam, era algo incrível. E a mãe foi abrindo e elas só faltavam pular de alegria, a mãe estava toda cuidadosa talvez para distribuir igualmente as batatas. Aí elas pararam, e eu gostaria, mas não parei. Continuei meu caminho. Eu não sei se ela comprou, ganhou, mas senti alegria junto com as crianças e ao mesmo tempo certo remorso.

Pode não parecer tocante estilo “Titanic” que todos choram no fim, mas é algo que me fez refletir. Batatas fritas poxa, é tão banal às vezes, ultimamente elas acompanham qualquer coisa que você compre. Lógico, que para eles a vida é outra é um mundo quase paralelo. Isso foi tão bonito, foi tão, tão, tão... Que não sei descrever. Isso me fez pensar que deveríamos dar MUITO mais valor ao que temos. Nem que seja a bala que comemos todos os dias, porque custam apenas 10 centavos; o travesseiro que dormimos; o teto que nos cobre todas as noites; água limpa para beber e tomar banho; tudo. Ver o que está do teu lado pode parecer inútil, mas se temos olhos devemos usá-los. Quantas pessoas reclamam porque nunca comeram em um restaurante francês, e quantas sonham em comer batatas fritas?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A culpa é de quem?

Sábado a noite, estava eu com meus vários livros, e apostilas, ano de vestibular não é fácil. Isso que ainda mal começou. Em meio a tantos textos, e frases filosóficas, uma angústia me consumia. Por quê? Será tão ruim assim ler conceitos dos que foram tão sábios? Não. Essa angústia vem de saber o que somos, ou melhor, o que não somos. Quem já parou pra observar o contexto em que vive? Provavelmente uma grande parte. Quem tem o sonho de mudar o mundo? Tenho certeza que muitos. E quem já fez alguma coisa por isso?

O que seria de nós, se não fosse nossos mais remotos ancestrais? Talvez, eu estaria escrevendo com um lápis, ou algo do tipo e não em meu computador. Muito bom. Essa então é a nossa sociedade, a dos que não se importam em receber tudo “mastigado”, não questiona, é indiferente. Sabemos muito, evoluímos muito, temos tantos utilitários que nem com a nossa tão querida escrita precisamos nos preocupar mais, afinal com apenas um “click” pronto! Tudo dentro das normas da linguagem padrão.

Direitos humanos. Liberdade de expressão. Quanta coisa já foi conquistada, por gente que lutou; que teve atitude, numa época onde mal podiam pensar, conquistou seus ideais. Fantástico! Hoje, temos tudo a nosso favor; para que possamos nos expressar e tornar publicas nossas opiniões, discutir idéias; criticá-las, melhorá-las, mas não, o que fazemos com toda nossa liberdade, é nos tornarmos alheios ao que realmente importa. Usamos a tão sonhada liberdade, pra nada. Exatamente isso, nada.

Olhe ao seu redor, veja os problemas, e tudo que acontece, qual é a primeira coisa que devemos eliminar da nossa realidade? A fome, as doenças, as empresas poluentes? Não. Devemos primeiro mudar nossa forma de pensar, que jovens são esses futuros de nossas respectivas nações, que se dizem apolíticos? Quem é que diz que é contra organização da sociedade? Quem consegue descansar, ou ser feliz com tanta gente morrendo, por injustiças, desigualdades? Esse é o problema, acomodação. Uma das características fundamentais da nossa espécie, que nos diferencia das outras é o trabalho, é o poder de mudar nosso espaço.

Então, abandonem o sonho de mudar o mundo, comecem agora, com o sonho de mudar, apenar mudar, você, simples e fácil também, apesar de não parecer. Talvez você pense como alguém vai convencer alguém, com um texto assim, praticamente sem argumentos. Mas realmente não é minha intenção usá-los, porque de argumentos, estou farta! Quero questionar, quero mudar, quero agir, que problemas existem todos sabem, citá-los aqui, seria redundância. Agora, não pense, faça!

(março de 2010)

Socorro

Escrever isso é em vão pois ninguém vai ver, mas eu tentei arrumar isso aqui e não fui muito feliz. Pelo amor de Deus, como arrumo esse título? Os ladinhos dele?
hm. São longuinho, são longuinho, quando eu conseguir achar a solução eu dou três pulinhos.
Obrigada.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Não tem graça

Engraçado como eu sempre quero escrever quando não posso. Sempre me surgem alguns questionamentos, inspirações, quando estou deitada, no banho, no ônibus, ou em qualquer lugar que não seja propicio a escrever. E o mais interessante é que todo o meu raciocínio se perde quando deveria escrever.
Na verdade, quando começo escrever não paro mais, porém as palavras parecem não se encaixar como as do travesseiro, ou daquele ônibus apertado.
O texto abaixo foi uma consequência disso... Não havia intenção de torná-lo a primeira postagem do blog. Entretanto meus dedos tornam-se automáticos ao começar escrever, e quando vejo já escrevi tanta coisa, com e sem sentido.
“Não faço idéia” não é um título muito apropriado para pessoas coerentes, concisas. Na verdade nem para mim. Só está assim porque não encontrei nada melhor, e provavelmente não vou encontrar, às vezes não tenho paciência para postar o que escrevo, e nem para escrever o que pensei. O endereço, também não faz sentido, eu não sei qual o nome do blog quando você estiver lendo, mas provavelmente não mudará muito.
Certa vez, estava eu lendo o blog de alguém que explicava tudo que fazia, o porquê da sua postagem, e comentei com outro alguém que era tosco. Agora eu não sei se isso que estou fazendo é explicar a postagem, se for, desculpem-me.
Há algum tempo que quero um lugar que não seja meu caderno para dissertar, narrar, pois se limitar a ele ou ao meu perfil do Orkut não me satisfaz. Escrever coisas bonitas no Twitter, não faz sentido nenhum. Aí foi quando todas as pessoas do mundo resolveram fazer um blog, não quis seguir a tendência, mas quanto mais eu esperasse, mais vontade eu teria. Depois de criado, sem um nome decente, sem ser bonito e inovador, demorei mais de uma semana para postar o que nem estava nos meus planos. Agora espero sinceramente me encorajar para postar o que escrevo e divulgar também.
Escrever funciona como uma terapia. É uma forma de não incomodar ninguém com o que se pensa, e contar a todos ao mesmo tempo. É uma forma de aprender a escrever; a pensar; a por pra fora o que está sentindo. Espero escrever muito aqui ainda, espero que algum dia meus textos tenham qualidade, fiquem bonitos, sejam bem escritos, sem erros de concordância ou pontuação. Enquanto não há ninguém lendo, continua a sensação de falar sozinha virtualmente. Muito bom.

PS: Quaisquer coisas que eu escreva aqui (exceto sobre o blog explicativo) NÃO ESTÃO DIRECIONADAS A NINGUÉM, já que as pessoas têm mania de vestir todas as “carapuças” possíveis. E eu não consigo deixar a fonte do mesmo tamanho que a outra.