quarta-feira, 28 de julho de 2010

A culpa é de quem?

Sábado a noite, estava eu com meus vários livros, e apostilas, ano de vestibular não é fácil. Isso que ainda mal começou. Em meio a tantos textos, e frases filosóficas, uma angústia me consumia. Por quê? Será tão ruim assim ler conceitos dos que foram tão sábios? Não. Essa angústia vem de saber o que somos, ou melhor, o que não somos. Quem já parou pra observar o contexto em que vive? Provavelmente uma grande parte. Quem tem o sonho de mudar o mundo? Tenho certeza que muitos. E quem já fez alguma coisa por isso?

O que seria de nós, se não fosse nossos mais remotos ancestrais? Talvez, eu estaria escrevendo com um lápis, ou algo do tipo e não em meu computador. Muito bom. Essa então é a nossa sociedade, a dos que não se importam em receber tudo “mastigado”, não questiona, é indiferente. Sabemos muito, evoluímos muito, temos tantos utilitários que nem com a nossa tão querida escrita precisamos nos preocupar mais, afinal com apenas um “click” pronto! Tudo dentro das normas da linguagem padrão.

Direitos humanos. Liberdade de expressão. Quanta coisa já foi conquistada, por gente que lutou; que teve atitude, numa época onde mal podiam pensar, conquistou seus ideais. Fantástico! Hoje, temos tudo a nosso favor; para que possamos nos expressar e tornar publicas nossas opiniões, discutir idéias; criticá-las, melhorá-las, mas não, o que fazemos com toda nossa liberdade, é nos tornarmos alheios ao que realmente importa. Usamos a tão sonhada liberdade, pra nada. Exatamente isso, nada.

Olhe ao seu redor, veja os problemas, e tudo que acontece, qual é a primeira coisa que devemos eliminar da nossa realidade? A fome, as doenças, as empresas poluentes? Não. Devemos primeiro mudar nossa forma de pensar, que jovens são esses futuros de nossas respectivas nações, que se dizem apolíticos? Quem é que diz que é contra organização da sociedade? Quem consegue descansar, ou ser feliz com tanta gente morrendo, por injustiças, desigualdades? Esse é o problema, acomodação. Uma das características fundamentais da nossa espécie, que nos diferencia das outras é o trabalho, é o poder de mudar nosso espaço.

Então, abandonem o sonho de mudar o mundo, comecem agora, com o sonho de mudar, apenar mudar, você, simples e fácil também, apesar de não parecer. Talvez você pense como alguém vai convencer alguém, com um texto assim, praticamente sem argumentos. Mas realmente não é minha intenção usá-los, porque de argumentos, estou farta! Quero questionar, quero mudar, quero agir, que problemas existem todos sabem, citá-los aqui, seria redundância. Agora, não pense, faça!

(março de 2010)

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